24.7.08

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Maria João Pires


Foi-se embora prá Baía por razões que ela saberá, mas continua a ser "nossa"...
Vamos então ver e ouvir :
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Nun's Chorus - o Coro das "Freiras"

Divirta-se com as "irmãs", em:

Hallelujah , e também ...

Um tema de Paul McCartney
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Mormon Tabernacle Choir

Fundação: século XIX.
Provavelmente o melhor grupo coral do planeta !
Se gosta de música coral, delicie-se.

Hallelujah Chorus
Come Thou Fount
Climb Every Mountain
High On The Mountain Top
Consider The Lilies
Carols of the bells
Gloria in exelsis deo
Be Still My Soul
Abide With Me, 'Tis Eventide
Battle Hymn of the Republic
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Um cheirinho de ...

...De Trai-Trai

21.7.08

Festivais de Verão

Neste Verão, aproveite bem as suas férias !...

Com os U2 Elevation Live At Slane Castle

Com os Supertramp - give a little bit ou logical song

Com os Smashing Pumpkins - Tonight, Tonight

Com os Scorpions - Still loving you

Com os Iron Maiden - The number of the Beast

Com os GUNS N ROSES & QUEEN - We Will Rock You

Com os Guns N' Roses, Elton John & Queen - Bohemian Rhapsody

Com Freddie Mercury & Montserrat Caballé - Barcelona e Barcelona (live)
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13.7.08

Saudades de ouvir João Villaret ?

Ode à Poesia - Miguel Torga
O Menino de sua Mãe - Fernando Pessoa
Fado Falado
Procissão - António Lopes Ribeiro
Recado a Lisboa
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Mário Saa - XÁCARA DAS MULHERES AMADAS



Quem muitas mulheres tiver
em vez duma amada esposa
mais se afirma e se repousa
pera amar sua mulher;
quem isto não entender...
em cousas d’amor não ousa,
em cousas d’amor não quer!

Quantas mais, mais se descansa,
mais a gente serve a todas;
quantas mais forem as bodas,
quantos mais os pares da dança,
menos a dança nos cansa
o gosto d’andar nas rodas.

Que quantas mais, mais detido
a cada uma per si;
nem cansa tanto o que vi,
nem fica o gosto partido,
ao contrário, é acrescido
a cada uma per si!

No paladar de mudar
mais se sente o gosto agudo:
que amar nada ou amar tudo
é estar pronto a muito amar;
o enjoo vem de não estar
a par do nada e do tudo.

Mais fàcilmente se chega
pera muitas que pera uma;
e a razão é porque, em suma,
se esta razão me não cega,
quem quer que muitas adrega
é como tendo… nenhuma!

Com muitas, descanso vem,
faz o desejo acrescido:
que é o mais apetecido
aquilo que se não tem;
e o apetite é o bem;
e em saciá-lo é perdido.

Também a mulher que tem
seu marido repartido
é mais gostosa do bem
que advém de seu marido!

Tão gostosa e recolhida,
tão pronta e tão conformada,
quanto o gosto é não ter nada;
porque o gosto é ser servida
e não o estar contentada.
O gosto é cousa corrente,
e quem o tem já não sente
o gosto dessa corrida,
que tê-lo, é cousa… jazente...
que tê-lo, é cousa… perdida!

Ora, pois, nesta jornada
não vi nada mais de amar
que ter muito por chegar
e cousa alguma chegada;
não vi nada mais de ter…
que ter muito que perder…
e cousa alguma ganhada!

Mário Saa nasceu nas Caldas da Rainha em 18 de Junho de 1894. Colega de Almada Negreiros no Colégio de Campolide, frequentou vários cursos, em Lisboa e em Coimbra, não tendo completado qualquer um. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. A ele se deve a fixação da data de nascimento de Camões: 23 de Janeiro de 1524. Com uma vasta obra em prosa, foi publicando a sua poesia em revistas e outras publicações. Publicou com assiduidade na revista Presença e privou com os grandes poetas e intelectuais da época no âmbito da boémia literária da Brasileira do Chiado. Faleceu no Ervedal (Avis) em 23-1-1971.

Dança comigo ... ?

Vá ensaiando aí em casa ...

Salsa Lição 1 , Lição 2 , Lição 3

Paso Doble - Lição 1 , Lição 2 , Lição 3 , Lição 4 , Lição 5
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9.7.08

(Não só) para mulheres...


O cancro da mama é o flagelo que todos sabemos.
Mas felizmente há sinais positivos:
- Maior percentagem de casos de cura, quando a detecção e intervenção acontecem nas fases iniciais.
- Aumento da esperança de vida
- Maior eficácia das novas terapêuticas medicamentosas.
Haja esperança, portanto !
E agora, ouçamos o que a ciência tem para nos dizer. Sem tabus.

Prof. Laura Esserman (Univ. Califórnia) numa conferência sobre o cancro da mama (52 min.) - em inglês americano.

Prof. Hope Rugo sobre o mesmo tema (86 min).
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8.7.08

Só para homens (maiores de 50)


Finalmente ! tudo o que sempre quiz saber sobre a sua próstata, mas não tinha coragem para perguntar...

Veja este video do Dr. Kellogg (Univ. Califórnia) sobre problemas de Próstata e seus tratamentos. Cerca de 1 h. (Em inglês americano).
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1.7.08

Admir'ARTE . O prazer de ver e ouvir


Se está neste momento com "veia" para ver (e ler sobre) arte e não só, então dê uma olhadela a este site e também a este site . E há mais: muita arte, links para museus e música : neste site .
Tem ao seu dispor horas de prazer para os seus olhos e para os seus ouvidos.
E volte mais vezes !
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Mia Couto - Perguntas à Língua Portuguesa


Com a devida vénia, transcrevemos esta saborosa peça do escritor moçambicano da Língua Portuguesa, Mia Couto:

"Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. Que outros pretendam cavalgar o assunto para fins de cadeira e poleiro pouco me acarreta.
A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o simples gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a Vida tem é idimensões?
Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem. Meu anjo-da-guarda, felizmente, nunca me guardou.
Uns nos acalentam: que nós estamos a sustentar maiores territórios da lusofonia. Nós estamos simplesmente ocupados a sermos. Outros nos acusam: nós estamos a desgastar a língua. Nos falta domínio, carecemos de técnica. Ora qual é a nossa elegância? Nenhuma, excepto a de irmos ajeitando o pé a um novo chão. Ou estaremos convidando o chão ao molde do pé? Questões que dariam para muita conferência, papelosas comunicações. Mas nós, aqui na mais meridional esquina do Sul, estamos exercendo é a ciência de sobreviver. Nós estamos deitando molho sobre pouca farinha a ver se o milagre dos pães se repete na periferia do mundo, neste sulbúrbio.
No enquanto, defendemos o direito de não saber, o gosto de saborear ignorâncias. Entretanto, vamos criando uma língua apta para o futuro, veloz como a palmeira, que dança todas as brisas sem deslocar seu chão. Língua artesanal, plástica, fugidia a gramáticas.
Esta obra de reinvenção não é operação exclusiva dos escritores e linguistas. Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?
Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo. Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas?
Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:
• Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?
• No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?
• A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?
• O mato desconhecido é que é o anonimato?
• O pequeno viaduto é um abreviaduto?
• Como é que o mecânico faz amor? Mecanicamente.
• Quem vive numa encruzilhada é um encruzilhéu?
• Se diz do brado de bicho que não dispõe de vértebras: o invertebrado?
• Tristeza do boi vem de ele não se lembrar que bicho foi na última reencarnação. Pois se ele, em anterior vida, beneficiou de chifre o que está ocorrendo não é uma reencornação?
• O elefante que nunca viu mar, sempre vivendo no rio: devia ter marfim ou riofim?
• Onde se esgotou a água se deve dizer: "aquabou"?
• Não tendo sucedido em Maio mas em Março o que ele teve foi um desmaio ou um desmarço?
• Quando a paisagem é de admirar constrói-se um admiradouro?
• Mulher desdentada pode usar fio dental?
• A cascavel a quem saiu a casca fica só uma vel?
• As reservas de dinheiro são sempre finas. Será daí que vem o nome: "finanças"?
• Um tufão pequeno: um tufinho?
• O cavalo duplamente linchado é aquele que relincha?
• Em águas doces alguém se pode salpicar?
• Adulto pratica adultério. E um menor: será que pratica minoritério?
• Um viciado no jogo de bilhar pode contrair bilharziose?
• Um gordo, tipo barril, é um barrilgudo?
• Borboleta que insiste em ser ninfa: é ela a tal ninfomaníaca?
Brincadeiras, brincriações. E é coisa que não se termina. Lembro a camponesa da Zambézia. Eu falo português corta-mato, dizia. Sim, isso que ela fazia é, afinal, trabalho de todos nós. Colocámos essoutro português - o nosso português - na travessia dos matos, fizemos com que ele se descalçasse pelos atalhos da savana.Nesse caminho lhe fomos somando colorações. Devolvemos cores que dela haviam sido desbotadas - o racionalismo trabalha que nem lixívia. Urge ainda adicionar-lhe músicas e enfeites, somar-lhe o volume da superstição e a graça da dança. É urgente recuperar brilhos antigos.Devolver a estrela ao planeta dormente."
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