Texto original : Junta de Freguesia de Loures / História
"Segundo Mendes Leal, Loures foi povoação romana ainda no tempo de Cristo. Apresenta em abono da sua afirmação, o facto de ter existido um cemitério no local onde hoje se ergue a Igreja Matriz. É do conhecimento geral que os cristãos perseguidos procuravam lugares recônditos e de difícil acesso para prestarem culto aos seus mortos, evitando dar a conhecer as suas crenças, a fim de escaparem às perseguições das autoridades romanas. Sem recusarmos a tese de Mendes Leal, poderemos acrescentar mais uma razão para que Loures já existisse durante o domínio romano na Península Ibérica. A civilização Castreja, que lhe é anterior, está presente em vários outeiros da região. Foi sob a influência dos romanos que os povos indígenas se decidiram a ocupar os terrenos baixos, por serem mais produtivos. Razões defensivas os atraíram aos montes. Razões económicas os fizeram descer.
Tendo Loures um solo tão fértil, não é de estranhar que os romanos tenham forçado algumas tribos locais a cultivá-lo. As razões de ordem religiosa, embora expliquem muitos factos, não explicam tudo. Parece-nos que devemos ter em conta igualmente, as questões de sobrevivência. Depois dos romanos, aqui se teriam instalado os visigodos, um dos primeiros povos bárbaros a romper as barreiras que defendiam o Império Romano e a instalar-se dentro dos seus territórios. Após estes, no século VIII, chegaram os árabes. Segundo o autor acima citado, o Rei D. Sancho I, em 1178, verificando que os mouros de Lisboa submetidos ao domínio cristão por el-rei D. Afonso Henriques em 1147, se aliavam com os das cercanias, entre os quais, os de Loures, veio combatê-los aos locais onde residiam, com o auxílio dos Templários. Em recompensa dos serviços prestados, essas terras foram entregues à referida Ordem, e aqui estabeleceram os monges-guerreiros, em 1178, o seu vigésimo oitavo mestrado".
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7.4.08
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